23 fevereiro, 2007

A Filha do Polaco (cont. II)

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"Depois d'aquelle jantar de cavadores, decidiram sair a passeio até a umas centenas de passos d'ali, vagarosamente, por causa de Maria Pulaski.
- Uma delicia de tarde! - disse D. Izabel.
- Parece de abril - respondeu-lhe Maria Pulaski.
- O peor é que este belo sol, como eu ainda não vi senão na Italia, está a querer-nos fugir por detraz d'aquelles montes - notou o velho polaco.
Tinham saido da aldeia, deram uma volta e vieram descer, torneando a pequena alameda onde estava o estado maior de Massena. Ficaram a curta distancia, um pouco escondidos pelos troncos de dois grandes pinheiros mansos.
- Aquelles ainda estão a jantar - disse André Pulaski, indicando as mezas improvisadas, ás quaes estavam sentados os officiaes da comitiva de Massena.
- Jantar de campanha, jantar ao ar livre, - observou Pamplona sorrindo - mas, a julgar pelo cheiro, immensamente melhor que o nosso. (*)"
(*)"E assim, na supposição de que estava defendido por umas poucas de divisões francesas e achando agradavel aquelle sitio da Fonte Coberta e aquelle tempo delicioso, Massena ordenára que servissem o jantar ali mesmo ao ar livre." (Memórias do General Marbout, tomo II, pag. 433)

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